Quinta-feira, Março 30, 2023
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Reunião da ADPA aprova relatório de angola

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Em representação do Ministro Diamantino Azevedo, o Secretário de Estado para os Recursos Minerais, Jânio Corrêa Victor, participou da 8ª Reunião Ordinária do Conselho de Ministros da Associação dos Países Africanos Produtores de Diamantes (ADPA), evento que aprovou o Relatório da Direção Interina dirigido por Angola.

Ocorrido de 22 e 23 de Março de 2023, na Cidade de Victoria Falls, Zimbabue, a reunião foi aberta pelo Presidente Emerson Munanghague. Na ocasião, o Chefe de Estado zimbabuano enfatizou a importância da Organização na defesa dos interesses do continente e a necessidade de agregar valor aos diamantes, em benefício dos povos e nações africanas e felicitou a República Unida da Tanzânia que terminou o mandato de Presidente do Conselho de Ministros da ADPA.

Um dos momentos mais altos da 8ª Reunião Ordinária do Conselho de Ministros da ADPA foi a tomada de posse da nova Direcção. Na circunstância, o Ministro de Minas e Desenvolvimento Mineiro da República de Zimbabue, Wilson Chitango, tomou posse como Presidente do Conselho de Ministros e a República da Serra Leoa foi indicada para o cargo de Vice-presidente da ADPA. A angolana Justina Fernando tomou posse como Directora Adjunta para Area de Suporte da Organização.

Os participantes ao evento aprovaram o Relatório do Comité de Peritos e ultrapassaram os constrangimentos relacionados com a eleição da Namíbia para Directora Executiva Adjunta para Planeamento Estratégico. O Secretário de Estado Jânio Corrêa Víctor fez-se acompanhar do Director do Gabinete de Intercâmbio do MIREMPET, Luís António, do Secretário Executivo da Comissão do Processo Kimberley, Estanislau Buio, bem como do Director de Negocios da Endiama, Etelvino Fialho.

São membros da ADPA Angola, Camarões, Congo, RDC, República Centro Africana, República da Guiné, Namíbia, África do Sul, Tanzânia, Argélia, Mauritânia, Serra Leoa, Libéria, Costa do Marfim, Gana, Gabão e o país anfitrião.

Fonte: Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás Angola

Botswana assume participação na HB, desafiando o domínio da De Beers

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Botswana terá uma participação de 24% no comerciante de diamantes belga HB Antwerp em um desafio a um acordo de décadas com a De Beers, a maior empresa de diamantes do mundo.

O comerciante estatal de gemas do país também fornecerá as pedras preciosas à HB por cinco anos, disse o presidente Mokgweetsi Masisi em um evento nas instalações da HB em Gaborone, a capital, na segunda-feira.

Botswana está atualmente negociando um novo acordo com a De Beers sob o qual a maioria das pedras preciosas do país são extraídas por uma joint venture com o governo e vendidas pela De Beers. Masisi ameaçou abandonar as negociações e elogiou a forma como a HB lida com os diamantes extraídos na mina de Karowe, propriedade da Lucara Diamond.

Mining eventos reúne mulheres do sector mineiro, em mesa redonda, para falar da sua participação na indústria mineira angolana

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Referente ao tema “A Mulher na Indústria Mineira Angolana”. A Mining Eventos, organiza no dia 29 de Março do corrente ano, no Hotel Diamante em Luanda, a Primeira Mesa Redonda “A Mulher na Indústria Mineira Angolana”.

O evento que terá a intervenção de um representante do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás – MIREMPET e da Agência Nacional de Recursos Minerais – ANRM, o mesmos prevê juntar cerca de 100 participantes, e terá como Speakers a Administradora Executiva da Endiama E.P, Dra. Ana Maria Feijó, a Directora do Gabinete do Presidente do Conselho de Gerência da Sociedade Mineira de Catoca, S.A, Engª. Engrácia Soito João, a Directora de Operações da Pollaro S.A, a Dra. Yara Oliveira, da PWC, a Dra.

Cristina Teixeira, e a Presidente da Associação das Mulheres Geocientistas de Angola, Dra. Esperança António Garcia dos Santos.

Mining eventos promove, primeira mesa redonda sobre “A mulher na indústria mineira”

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A Atividade Geológica – Mineira atrai e apela mulheres. Com efeito, de acordo com estudos globais, as mulheres são, na sua maioria, atraídas para o Sector pelo tipo de variedade de trabalho que ele oferece, pelas oportunidades de crescimento e avanço profissional e pela remuneração competitiva.

A Mining Eventos, uma agência de organização e promoção de eventos ligados ao sector Geológico Mineiro, organiza no dia 29 Março deste ano, no Hotel Diamante em Luanda, a Primeira Mesa Redonda sob o tema “A Mulher Na Indústria Mineira Angolana”.

Iamgold nomeia Renaud Adams como novo CEO

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A mineradora canadense Iamgold anunciou a nomeação de Renaud Adams como presidente e CEO, substituindo a presidente Maryse Bélanger, que atuava como presidente interina e CEO durante o processo de seleção de executivos.

Além disso, Maarten Theunissen foi nomeado CFO permanente, tendo atuado em um cargo interino desde setembro do ano passado.

“A nomeação de Renaud Adams representa o culminar de um extenso e rigoroso processo de busca liderado pelo comitê de busca de CEOs do conselho”, disse Bélanger.

“Renaud oferece a rara combinação de experiência operacional, estratégica e nos mercados de capitais, com um histórico comprovado de liderar uma cultura de segurança em primeiro lugar, atributos que são essenciais para liderar uma empresa de mineração global hoje. Todo o conselho espera trabalhar com Renaud como ele fornece a liderança para guiar a Iamgold em direção ao seu objetivo de se tornar um produtor líder de ouro de alta margem.”

Adams tem mais de 30 anos de experiência global em mineração em cargos executivos seniores e operações. Foi presidente e CEO da New Gold de 2018 a 2022, onde liderou o reposicionamento estratégico da empresa e o turnaround de suas operações. Antes da New Gold, Adams foi presidente e CEO da Richmont Mines de 2014 até a empresa ser vendida para a Alamos Gold em novembro de 2017.

Adams disse que estava entusiasmado com a oportunidade de liderar Iamgold em seu próximo capítulo.

“Hoje, a empresa está em um momento emocionante, pronta para colocar em produção o projeto de ouro de Côté e iniciar a operação do que será a próxima mina de ouro de baixo custo, grande escala e vida longa do Canadá. Esta é uma mina que será um modelo para a mineração no Canadá e uma transformação para a Iamgold.

“Este é, de certa forma, um retorno para casa dos meus primeiros dias na Iamgold em operações. Tenho orgulho de liderar uma empresa com uma adesão inabalável a uma cultura Zero Harm, que é um compromisso com a mineração responsável que foi instituído em meu primeiro ano na Iamgold, há mais de 16 anos”, disse Adams.

Theunissen tem mais de 15 anos de experiência progressiva na indústria de mineração. Antes de ingressar na empresa, Theunissen foi CFO de uma produtora júnior canadense de ouro e vice-presidente sênior de finanças de uma das maiores produtoras de urânio do mundo.

Theunissen é um revisor oficial de contas (designado na África do Sul e no Canadá) e iniciou sua carreira na KPMG, onde foi gerente de um grupo de mineração.

Rússia corta fornecimento de petróleo à Polónia

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A petrolífera polaca Orlen informou que não está a receber petróleo russo através do oleoduto estratégico de Druzhba, a via principal de importação de Orlen, depois da suspensão, no ano passado, das importações de petróleo por mar.

“O abastecimento através do oleoduto de Druzhba para a Polónia foi interrompido a partir do lado russo”, escreveu a petrolífera polaca num comunicado de imprensa enviado à AFP.

A suspensão surgiu um dia depois de a União Europeia ter aprovado um novo conjunto de sanções destinadas a atingir a economia russa e as empresas iranianas acusadas de apoiar a guerra na Ucrânia, que começou há um ano.

Num comunicado de imprensa, a Orlen assumiu estar “totalmente preparada” para esta situação e sublinhou que os envios para as refinarias estão garantidos pelo petróleo que chega pelo mar, pelo que não afectará o serviço que presta aos seus clientes polacos, se-gundo noticiou a televisão polaca TVN24.

Os fornecimentos russos correspondem aproximadamente a 10% do total de petróleo que a Orlen processa, desde o início de Fevereiro deste ano, segundo destacou a própria petrolífera polaca, que lembrou que, em 2015, a Rússia contribuia praticamente com 100% do abastecimento.

Fonte:https://www.jornaldeangola.ao/ao/noticias/russia-corta-fornecimento-de-petroleo-a-polonia/

Porto do Lobito perspectiva melhorias na arrecadação

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O presidente do Conselho de Administração do Porto do Lobito, Celso Rosas, está convicto de que o maior rigor na prestação de contas poderá ajudar na melhoria das receitas e no bem-estar dos cerca de 1.520 trabalhadores da empresa.

Em declarações aos órgãos de comunicação social, o responsável valorizou a uniformização das metodologias que tem a ver com a prestação de contas por parte dos entes com responsabilidade acrescida e gestores da coisa pública, o que exige respeito pelos princípios de ética e boa governação para o cumprimento em tempo oportuno daquilo que está legislado.

As empresas, disse Celso Rosas, funcionam com instrumentos de gestão, fundamentalmente nos planos de desenvolvimento estratégico, sendo importante que, “em função do nosso trabalho, possamos periodicamente prestar contas. Estamos aqui para aprender mais sobre os procedimentos deste exercício que deve ser feito com periodicidade regular”, sustentou.

Celso Rosas mostra-se satisfeito pelos dados avançados quanto à prestação dos gestores, não obstante a necessidade de melhorias, pois, segundo afirma “o país sai a ganhar pelo facto de o IGAPE juntar os conselhos de administração, conselhos fiscais e auditores, para que todos falem a mesma linguagem e possam dar um contributo melhor à economia nacional”.

Sobre a realidade do Porto do Lobito, informou que o Conselho de Administração que dirige tem sabido interpretar as directrizes, pois “conhecemos as leis e temos estado a cumprir com os procedimentos, isto é, apresentar os relatórios de balanços oportunamente e nos prazos estabelecidos, pelo que cremos estar no bom caminho”.

“O feedback dos auditores, do conselho fiscal, é excelente, na medida em que acolhemos as críticas e procuramos melhorar sempre”, disse.

Fábrica de lapidação forma mais de 70 jovens

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O ministro de Recursos Naturais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, destacou, recentemente, a entrega de certificados a 79 jovens formados, pela primeira vez, em lapidação de diamantes pela empresa CEFOLAD, instalada no Pólo de Desenvolvimento Diamantífero, nos arredores da cidade de Saurimo, na província da Lunda-Sul.

Deste número, 30 ganharam emprego na fábrica Pollaro SA, uma empresa criada em 2015 com capitais nacionais na ordem de cinco milhões de dólares.

Dotada de uma capacidade  para lapidar perto de cinco mil quilates por mês, a empresa garantiu emprego a  60 trabalhadores, metade dos quais recrutados localmente.

Depois da entrega formal dos certificados, Diamantino  Azevedo congratulou-se pelos investimentos que a empresa realizou e reiterou o compromisso de apoio por parte do  sector que lidera, na criação de incentivos fiscais e outros, numa perspectiva de atrair o surgimento de outras fábricas e aumentar a oferta de empregos.

Notou que apesar do diamante  centralizar a atenção dos investimentos, o pólo  é um suporte com capacidade para albergar 40 fábricas de pequeno e médio portes. Nas actuais condições projecta para os próximos quatro anos a basificação de 30  unidades, reconhecendo em parte o comportamento do mercado internacional em relação ao preço do diamante,que  influencia  os esforços para concretizar os projectos.

Criar mais empregos

Para o governador Daniel Neto, a abertura da fábrica Pollaro SA representa um esforço na busca de soluções para colmatar o desemprego no seio dos jovens. Incentivou os empresários a fazerem recurso ao crédito bancário para porem em marcha os projectos traçados.

Reconheceu a necessidade de o governo local criar oportunidades que motivem os empresários a  efectivar os projectos, contando sempre com o apoio de parceiros. Destes ressalta as iniciativas de Catoca que, no âmbito da formação, assinala o seu compromisso social atribuindo bolsas de estudo internas e externas e suporte financeiro a crianças do ensino primário em situação precária.

Daniel Neto apontou a construção de um pólo universitário para conferir maior estabilidade ao ensino Superior  e de um novo hospital pediátrico face à demanda na procura de assistência médica para as crianças.

Fonte:https://www.jornaldeangola.ao/ao/noticias/fabrica-de-lapidacao-forma-mais-de-70-jovens/

Aquecimento mundial está bem acima do exigido pelo Acordo de Paris, alerta CEO da Anglo

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O mundo está em uma trajetória para atingir 2,7°C de aquecimento acima dos níveis pré-industriais, o que é bastante distante matematicamente dos 1,5°C exigidos pelo Acordo de Paris.

Isso foi apontado pelo CEO da Anglo American, Duncan Wanblad, citando fontes independentes como a Climate Action Tracker.

“Foi um ano difícil com clima extremo… há interrupções que estamos vendo com mais frequência em eventos climáticos extremos”, disse Wanblad, após o lançamento do segundo maior conjunto de resultados financeiros de 2022 da empresa listada em Londres e Joanesburgo após seu desempenho recorde em 2021.

A Anglo teve um incidente de descarga de água de nível 3 na fundição de Polokwane em Limpopo.

As lagoas que armazenam a água para a circulação da água operacional estavam relativamente cheias devido ao desligamento do forno da fundição.

Vários dias de tempestades de vários dias resultaram no transbordamento da água.

“Muito a aprender com isso”, disse Wanblad.

As restrições de água no Chile, onde a Anglo extrai cobre, tiveram que ser mitigadas na mina de Los Bronces.

Além de eventos climáticos extremos, estão permitindo problemas em todo o mundo, quedas de teor e incerteza fiscal.

“Tudo isso continuará servindo para exercer uma pressão extraordinária sobre a intensidade dos metais e o uso de metais e minerais. O ‘e daí’ de tudo isso é que ainda parece que estamos estruturalmente direcionados para preços mais altos no futuro.”

O Acordo de Paris é um tratado internacional juridicamente vinculativo sobre as alterações climáticas. Foi adotado por 196 partes na vigésima primeira Conferência das Partes na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP21) em Paris, França, em 12 de dezembro de 2015. Entrou em vigor em 4 de novembro de 2016.

Seu objetivo primordial é manter “o aumento da temperatura média global bem abaixo de 2°C acima dos níveis pré-industriais” e buscar esforços “para limitar o aumento da temperatura a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais”.

No entanto, nos últimos anos, os líderes mundiais enfatizaram a necessidade de limitar o aquecimento global a 1,5 °C até o final deste século.

Isso ocorre porque o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU indica que cruzar o limite de 1,5 °C corre o risco de desencadear impactos muito mais severos nas mudanças climáticas, incluindo secas, ondas de calor e chuvas mais frequentes e severas.

Para limitar o aquecimento global a 1,5 °C, as emissões de gases de efeito estufa devem atingir o pico antes de 2025, o mais tardar, e diminuir 43% até 2030.

O Acordo de Paris é um marco no processo multilateral de mudança climática porque, pela primeira vez, um acordo vinculante reúne todas as nações para combater a mudança climática e se adaptar a seus efeitos.

A implementação do Acordo de Paris requer transformação econômica e social, com base na melhor ciência disponível. O Acordo de Paris funciona em um ciclo de cinco anos de ações climáticas cada vez mais ambiciosas – ou, aumentando – realizadas pelos países. Desde 2020, os países apresentam seus planos nacionais de ação climática, conhecidos como contribuições determinadas nacionalmente (NDCs). Cada NDC sucessivo deve refletir um grau de ambição cada vez maior em comparação com a versão anterior.

Reconhecendo que é necessária uma ação acelerada para limitar o aquecimento global a 1,5 °C, a decisão de capa da COP27 solicita que as partes reforcem as metas de 2030 em suas NDCs para se alinharem com a meta de temperatura até o final de 2023, levando em consideração diferentes circunstâncias nacionais.

Embora a ação contra a mudança climática precise ser intensificada para atingir as metas do Acordo de Paris, os anos desde sua entrada em vigor já geraram soluções de baixo carbono e novos mercados. Mais e mais países, regiões, cidades e empresas estão estabelecendo metas de neutralidade de carbono. As soluções de carbono zero estão se tornando competitivas em setores econômicos que representam 25% das emissões. Essa tendência é mais perceptível nos setores de energia e transporte e criou muitas novas oportunidades de negócios para os pioneiros.

Até 2030, as soluções de carbono zero poderão ser competitivas em setores que representam mais de 70% das emissões globais.

fonte:https://www.miningweekly.com/article/world-warming-at-rate-well-above-what-paris-agreement-requires-anglo-ceo-warns-2023-02-24

Angola acolhe o Centro Regional de Energias Renováveis da África Central

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Angola vai acolher, a partir de Março deste ano, a sede do Centro Regional de Energias Renováveis e Eficiência Energética da África Central, cujo papel passará por desenvolver estudos virados para as necessidades da região em termos destas matérias, soube o Jornal de Angola em Kinshasa, capital da República Democrática do Congo.

A instituição vai estar localizada na província de Luanda e terá como finalidade a melhoria do acesso a serviços energéticos modernos, fiáveis e acessíveis, a segurança energética e a mitigação das externalidades negativas dos sistemas energéticos.

Pretende-se, com a instituição, a promoção de criação de um mercado da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) integrado e inclusivo para produtos e serviços relacionados com energias renováveis e eficiência energética.

A instituição terá como missão coordenar a implementação da política da CEEAC sobre energias renováveis e eficiência energética.

As intervenções do Centro Regional de Energias Renováveis e Eficiência Energética da África Central vão estar centradas em actividades e projectos de Energias Renováveis e Eficiência Energética virados para a cobertura de um ou mais países da CEEAC, impacto regional ou projectos nacionais com forte potencial de extensão ou reprodução regional e a escala que beneficia toda a região, abrangendo, deste modo, áreas urbanas, periurbanas e rurais.

A cerimónia de inauguração do referido centro está prevista para o dia 10 de Março, na sede da instituição, localizada na área operacional do Gamek, na zona do Grafanil, rua das Antenas, em Viana, Luanda, sob a presidência do Ministério da Energia e Águas de Angola.

Devem marcar presença nesta cerimónia os representantes das autoridades administrativas, do sector privado, da sociedade civil de Angola, dos embaixadores dos Estados-membros da CEEAC e dos parceiros estratégicos da organização, além de outras entidades. Vai ser nesta ocasião em que o Governo de Angola fará a entrega oficial da instituição à Comunidade Económica dos Estados-membros da África Central.

Em entrevista exclusiva ao Jornal de Angola, sobre este assunto, o presidente da Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Central, o embaixador angolano Gilberto Veríssimo, revelou que a escolha de Angola para albergar a sede do Centro Regional de Energias Renováveis e Eficiência Energética da África Central partiu dos Chefes de Estado e de Governo da região, a qual Angola também é parte, por conta dos avanços registados pelo país no quadro das energias renováveis.

“Angola é dos países, na nossa região, que tem melhor estruturado um programa realmente existente sobre as energias renováveis, sobretudo a solar”, realçou Gilberto Veríssimo, destacando que Angola tem um programa que não é muito visível na região, mas “tem um avanço que foi considerado pelos outros Estados, razão pela qual foi tomada essa decisão, em Julho de 2021, em Brazzaville”.

  Energia limpa a 80 por cento dentro de três anos

De recordar que o Presidente da República, João Lourenço, anunciou, em Dezembro do ano passado, em Washington, Estados Unidos da América (EUA), durante a participação na Cimeira EUA-África, que a meta do país é atingir 80 por cento de energia limpa dentro de três anos.

O Chefe de Estado fez saber, na ocasião, que a energia eléctrica produzida, neste momento, no país, já é menos proveniente de fontes poluentes, como de centrais térmicas movidas a diesel ou a gás, estando, agora, a privilegiar, cada vez mais, a de centrais hidroeléctricas.

O Presidente, que  interveio no Fórum de Negócios da Cimeira EUA-África, que analisou o tema “Construindo um futuro sustentável: parcerias para financiar infra-estruturas africanas e a transição energética”, referiu que o país já deu início, há algum tempo, ao processo de transição energética, abandonando, parcialmente, as fontes de produção de energia eléctrica poluentes, no caso as centrais térmicas, para investir, fortemente, na produção de energia hidroeléctrica.

O Presidente João Lourenço fez saber que, além das barragens de Laúca e de Cambambe, o país está a construir, com previsão de conclusão em três anos, a de Caculo Cabaça que, segundo sublinhou, vai produzir, sozinha, cerca de 2,1 gigawatts de energia e, nessa altura (dentro dos três anos), passará a produzir, aproximadamente, 9 gigawatts de energia eléctrica. Na sequência disso, disse estar, igualmente, em construção, com alguma parte já concluída, a rede de distribuição dessa mesma energia, que está a ser produzida na Bacia do Rio Kwanza, para ser levada a todos os cantos do país.

O Chefe de Estado referiu que essa energia já cobre todo o Norte e Centro do país, nomeadamente, as províncias do Huambo e do Bié, estando-se, neste momento, a trabalhar no sentido de conseguir financiamentos para transportá-la para o Sul, para cobrir as províncias da Huíla, Namibe, Cunene e, no Leste, as províncias da Lunda-Norte, Lunda-Sul, Moxico e Cuando Cubango.

Paralelamente a isso, o Presidente disse já ter iniciado, no país, a produção de energia solar, com a construção de parques fotovoltaicos, sendo que dois deles já se encontram a fornecer energia à Rede Eléctrica Nacional.

“Há dois parques que inauguramos este ano, sendo um no Biópio e outro na Baía Farta, ambos na província de Benguela, que foram construídos por um consórcio que engloba, também, a empresa americana Sun Africa”, realçou o Presidente, acrescentando que estes dois projectos já estão a contribuir no aumento da oferta de energia para as indústrias e as populações.

O Presidente assegurou, ainda, que o projecto de produção de energia solar vai continuar e adiantou que um deles será o maior que o país vai conhecer. “Vai ser construído no Sul de Angola, para beneficiar, essencialmente, quatro províncias, nomeadamente, o Namibe, Huíla, Cunene e Cuando Cubango”, destacou.

O presidente da Comissão da CEEAC acrescentou que o Centro Regional de Energias Renováveis e Eficiência Energética da África Central vai desenvolver todos os estudos referentes às energia srenováveis que a região necessitar, bem como ser responsável por desenvolver os estudos ligados à interligação de energia entre os diferentes Estados da região, para gerar, neste caso, a eficácia energética.

“Hoje, nós temos, por exemplo, na Guiné Equatorial, capacidade de energia que a região fronteiriça necessita. Outro caso dá-se com o Tchad, que tem problemas sérios de energia e que poderia receber ajuda dos Camarões, que tem menos problemas nessa área”, concluiu.

  A Comunidade Económica dos Estados da África Central

A Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) foi criada em Libreville, Gabão, em Dezembro de 1981, tornando-se operacional apenas em 1985.

A organização visa, no essencial, promover a cooperação e o desenvolvimento auto-sustentável, com particular ênfase na estabilidade e a integração económica dos Estados-membros e contribuir para a melhoria da qualidade de vida das respectivas populações.

É constituída por 11 Estados-membros, nomeadamente, Angola, Burundi, Camarões, República Centro-Africana, Tchad, República do Congo, Guiné Equatorial, República Gabonesa, Rwanda, São Tomé e Príncipe, República Democrática do Congo.

A Comunidade Económica dos Estados da África Central mobiliza todos os seus recursos e sua energia para fazer da África Central uma região de paz, prosperidade e solidariedade, assente num espaço económico e político unificado em que cada cidadão circule livremente, a fim de garantir um desenvolvimento sustentável e equilibrado.

A Comissão da CEEAC, órgão executivo da organização, cobre o conjunto das actividades das instituições públicas, das empresas privadas, da sociedade civil e das populações da região numa perspectiva dinâmica integrante, baseada em cinco pilares: paz e segurança, mercado comum, meio ambiente e recursos naturais, ordenamento do território e infra-estrutura, género e desenvolvimento humano.

A organização defende que o crescimento económico, o bem-estar social e a preservação da natureza constroem-se através da integração regional que desenvolve a CEEAC entre os 11 países membros.

Preservar a paz e a segurança colectiva constitui, com efeito, um eixo forte das missões da Comissão, num clima hostil que envolve o terrorismo, o grande banditismo e o radicalismo religioso, contra os quais a CEEAC e os seus parceiros estruturaram o mecanismo de alerta rápido, a força multinacional e o protocolo de acção.

A protecção e a valorização do meio ambiente constituem, de igual modo, uma prioridade da CEEAC para proteger a fauna e a flora contra pilhagens e tráficos e garantir rendimentos perenes através da sua exploração sustentável e a promoção do turismo ecológico em prol das populações locais.

Para garantir estas múltiplas missões, a Comissão da CEEAC é financiada pelos países membros e leva a cabo, em paralelo, vários programas em colaboração com parceiros internacionais.

Fonte:https://www.jornaldeangola.ao/ao/noticias/angola-acolhe-o-centro-regional-de-energias-renovaveis-da-africa-central/