O governo do Panamá ordenou na quinta-feira que a First Quantum Minerals do Canadá interrompesse as operações em sua principal mina de cobre no país, depois de perder um prazo para finalizar um acordo que teria aumentado os pagamentos ao governo da mina.
O governo havia dado à Minera Panama, que é de propriedade majoritária da First Quantum Minerals, até quarta-feira para assinar um acordo alcançado em janeiro para pagar US$ 375 milhões por ano ao governo de sua mina Cobre Panama.
O governo do Panamá ordenou que o ministério do comércio e indústria suspendesse as operações da Minera Panama na mina depois que o prazo da meia-noite foi perdido.
Meses de negociações entre a mineradora e o governo continuaram até a manhã de quinta-feira, informou o ministério do comércio e indústria. Acrescentou que a mineradora então enviou uma nova proposta que “fundamentalmente” mudou a economia do negócio.
A mineradora com sede em Toronto disse na quinta-feira que o acordo não foi finalizado porque “as proteções legais necessárias sobre rescisão, estabilidade e acordos de transição não puderam ser acordadas”.
A empresa disse anteriormente que estava aberta a mais diálogos, mas não respondeu imediatamente ao anúncio de que suas operações seriam suspensas.
As autoridades e a empresa começaram a negociar um novo contrato de concessão no final do ano passado, depois que o presidente do Panamá, Laurentino Cortizo, prometeu extrair melhores benefícios para o país da mina de cobre.
O investimento de US$ 6 bilhões da First Quantum Mineral na mina a céu aberto, onde as operações começaram em 2019, é considerado o maior investimento privado no país da América Central e representa cerca de 3,5% do produto interno bruto do Panamá.
