Sábado, Julho 27, 2024

Angosat-2 é colocado em órbita a partir da estação de Baikonur

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O satélite Angosat2 é colocado em órbita, hoje, pelo foguete “Proton-M”, com cerca de 50 metros de altura, a partir do Cosmódromo de Baikanur, Cazaquistão, por volta das 20 horas locais, 16 de Angola.

A delegação angolana, que visitou ontem as instalações do Cosmodromo de Baikanur, está confiante no sucesso da operação. No local, recebeu explicações detalhadas sobre o lançamento e o comportamento do satélite, e ficou a saber que, depois de estar em órbita, o Angosat2, com duas toneladas de peso, terá uma dimensão de 22 metros de envergadura quando abrir os painéis solares.

A visão que se tem do satélite, a partir da rampa de lançamento, é de que se está em presença de uma obra imponente, uma criação fantástica da engenharia de exploração espacial. Depois de estar em órbita, a central de acompanhamento e controlo, em terra, terá de aguardar pelo sinal do satélite, para a confirmar a sua operacionalidade.

Os especialistas que estão a tratar do lançamento adiantaram que o período de espera pela reacção do satélite é de aproximadamente três meses. Depois, segue-se uma fase de testes para verificar as movimentações e o funcionamento em órbita, num tempo que varia entre 60 e 90 dias. Para chegar na sua posição operacional, o satélite precisa, em continuidade, de pelo menos dez dias.

O director  técnico, Alexander Madzar, fez saber que todos os procedimentos técnicos de preparação para o lançamento foram feitos de acordo com os padrões de operação, um facto que garante o sucesso da operação. Disse que, de acordo com o cronograma, a separação do satélite do bloco de aceleração está programada entre as duas e as quatro da amanhã.  

O director-geral da ISS-Indústria Espacial Russa, Evgeniy Nesterov, avançou mais informações durante uma curta reunião com o ministro das Telecomunicações, Tecnologia de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira, que culminou com a assinatura de um Memorando de Entendimento entre Angola e a Rússia. 

No final do encontro, depois da visita de constatação sobre o nível de preparação para o lançamento do satélite, o ministro Mário Oliveira, dirigindo-se aos responsáveis da ISS, fez questão de acentuar que a expectativa dos angolanos à volta do lançamento do satélite é  grande.

“Os angolanos estão expectantes com o dia de hoje”, frisou, acrescentando: “Nós acreditamos que o trabalho feito oferece garantias de que a operação de lançamento,  colocação do satélite em órbita e a sua operacionalização terão sucesso”.

Mário Oliveira realçou a prestação do Angosat2 na oferta de serviço de telecomunicações, como objectivo da missão. Confrontado sobre o impacto do satélite, referiu que vai revolucionar a comunicação no país, de modo geral.

Angola, prosseguiu, é um país vasto e precisa de uma cobertura em toda a sua extensão territorial, por forma a oferecer serviços de comunicação com qualidade à população, permitindo, assim, o seu desenvolvimento. Com este passo, “Angola acaba de entrar para o mundo espacial, que está em constante desenvolvimento”, referiu o ministro.

Em relação à possibilidade do país adquirir no futuro mais satélites, uma curiosidade da imprensa local, Mário Oliveira disse que não, justificando, a propósito: primeiro “vamos explorar o Angosat2, e, mais lá para a frente, analisar a necessidade ou não de se adquirir um outro satélite”.

Quanto à utilização do Angosat2, o ministro referiu que a operação está toda planificada, e, tão logo se cumpram os procedimentos tecnológicos, está prevista a entrada de um outro conjunto de procedimentos. Na ocasião, Mário Oliveira manifestou, também, a pretensão do Governo continuar a trabalhar com a Rússia no domínio da Ciência Espacial.

“Este capítulo, nunca se esgota, pois, vamos continuar a trabalhar com a Rússia”, disse, sublinhando que é uma potência mundial na ciência espacial, afirmando que o país quer “estar ao lado dos melhores”.

Ao pronunciar-se sobre a cooperação com a Rússia, fez saber que a área espacial é muito vasta, e, neste capítulo, as partes têm vindo a cooperar já desde alguns anos, sobretudo na formação de quadros.  Mário Oliveira, que se faz acompanhar de técnicos de alto nível, destacou o trabalho realizado com as autoridades russas, principalmente entre as equipas técnicas, que permitiram o desenvolvimento do projecto.

“Foi um período marcado de trabalho árduo, que exigiu empenho das duas equipas, cujo resultado culmina com o lançamento do satélite, hoje”, sublinhou. Do ponto de vista técnico, acentuou, existem garantias de sucesso desta missão, segundo o J A.

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