Domingo, Maio 12, 2024

Sonangol regista aumento de 50% no volume de negócios de 2022

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O relatório anual e de contas da Sonangol, referente ao ano 2022, registou um aumento de mais de 50%, quando comparado com os resultados do ano anterior, 2021.

O ano de 2022 para a petrolífera nacional Sonangol, foi marcado pelo aumento do preço do petróleo bruto, tendo se verificado um preço médio na ordem de USD 102,31, por barril, das ramas comercializadas pela empresa, comparativamente aos USD 70,58, por barril, registados no ano anterior.

Em contrapartida, refere a nota divulgada na terça-feira, 6 de Junho, os aumentos generalizados das taxas de juro nos mercados internacionais e da inflação a nível global, impactaram, desfavoravelmente, no valor das principais unidades geradoras de caixa, bem como nos preços das matérias-primas e produtos importados pela petrolífera nacional, com destaque para a gasolina e o gasóleo, cujos preços médios (Platts), por tonelada métrica, ascenderam, em 2022, a USD 1.140,80 e USD 1.125,00, respectivamente, representando um aumento substancial quando comparado a 2021,USD 638,30 e USD 554,10, correspondentemente.

Apesar dos desafios verificados, a operadora de bandeira encerrou o ano de 2022 com um resultado económico e financeiro robusto, sustentado, substancialmente, pela consolidação das medidas previstas no programa de reestruturação e pelo rigor financeiro e operacional.

A companhia terminou o ano de 2022 com um volume de negócios de 6.233.899 milhões de Kwanzas, equivalentes a cerca de USD 13 404 milhões, registando um aumento de 50% face ao ano anterior, um EBITDA consolidado de 2.479.778 milhões de Kwanzas, equivalentes a USD 5.332 milhões, representando um crescimento acima de 50%, pelo segundo ano consecutivo e um resultado líquido consolidado que ascendeu aos AOA 838.084 milhões, equivalente a cerca de USD 1.802 milhões.

Ao nível da opinião do auditor independente, destaque para a redução contínua da materialidade das reservas de auditoria, como consequência das medidas que têm sido tomadas pelo Conselho de Administração da Sonangol, ao longo dos últimos anos, pelo que a empresa está convicta que, a médio prazo, deverá continuar a colher resultados da sua implementação, incluindo a eliminação integral das reservas de auditoria.

Com a intenção de minimizar os impactos que podem advir, a médio e longo prazos, durante o período da transição energética, nomeadamente na volatilidade dos mercados e nos preços das principais commodities transaccionadas, pela empresa, e tendo em conta que as alterações climáticas poderão afectar a oferta e a procura de energia, tanto a nível local como global, a Sonangol garante que está a diversificar a sua carteira de investimentos com parceiros de referência internacional.

Uma das acções, de acordo com a petrolífera nacional, são os importantes investimentos na área das energias renováveis, considerados piloto em Angola, como a Central Fotovoltaica de Caraculo, no Namibe, e o Projecto Quilemba Solar, na Huíla, no segmento de Gás e Energias Renováveis.

Garante ainda que está comprometida com a redução em 15%, até 2030, das emissões de gases de efeito estufa nas suas operações, tendo em conta o seu papel na sustentabilidade do meio ambiente.

Estas medidas estão alinhadas a política do governo para a mitigação das mudanças climáticas, estabelecido na Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC na sigla em inglês: Nationally Determined Contribution) de 2021.
Assegura que esta acção tem ajudado no processo de compensação das emissões, através de projectos de impacto socioambiental, como o Sonangol Carbono Azul dedicado à reflorestação de mangais e empoderamento das comunidades, com um investimento anual de 100 milhões de Kwanzas, durante cinco anos, em parceria com a Organização Não-Governamental Otchiva.

Paralelamente, está em curso a preparação do seu primeiro Relatório de Sustentabilidade que permitirá à empresa divulgar, de forma mais detalhada, às partes interessadas, as acções por si adoptadas a nível ambiental, social e de governança corporativa (ESG).

fonte: CORREIO KIANDA

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