Sábado, Julho 27, 2024

Kassala-Kitungo pode iniciar produção de ferro em três anos

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O projecto de exploração mineira de Kassala-Kitungo, no Cuanza-Norte, onde é esperada a produção de cerca de 217 milhões de toneladas de ferro, pode estar operacional em 2026, de acordo com estimativas apresentadas, ontem, em Ndalatando, pelo secretário de Estado para os Recursos Minerais.

Jânio Correia Victor, que anunciou estas previsões durante um encontro com operadores do sector mineiro do Cuanza-Norte, adiantou que o projecto de exploração mineira de Kassala-Kitungo começa a dar os primeiros resultados em 2026, devido à complexidade das fases preliminares de execução da empreitada. O secretário de Estado, que falava num encontro com os operadores do sector mineiro do Cuanza-Norte, no terceiro dia de uma deslocação à província, avançou que a cedência de qualquer dado sobre a data exacta do começo das escavações do ferro seria precipitada e sem fundamento técnico.

Neste momento, adiantou o responsável, decorre uma avaliação do trabalho realizado, no passado, pela Ferrangol e parceiros, em processos que decorrem com segmentos de etapas que têm de ser cumpridas com rigor, para darem lugar a outros, próprios da empreitada.

Pedro Sebastião, geólogo da Capital Mining, que com a Omega Mining Limited, do grupo  saudita IRH, detém um contrato para a avaliação, exploração e beneficiamento  do da mina de Kassala-Kitungo, disse que a área total do projecto é de mais de sete mil metros quadrados, abarcando um total de 70 furos de sondagem, com cerca de 15.705 metros perfurados em dois blocos.

Realçou que foram realizados trabalhos de reabilitação das vias de acesso aos locais de sondagem, com 20 trabalhadores locais envolvidos, para além de acções ligadas ao levantamento superficial e situacional da mina, validação de afloramentos, reuniões e contactos com empresas locais para apoio ao programa de prospeçção. Decorrem, também, trabalhos para protecção de civis de engenhos explosivos, desenvolvidos pela Ajuda Popular da Noruega (ADPP), que está a prestar informações sobre perigos das áreas colectadas e possíveis locais registados e considerados perigosos, marcados e proibidos para a entrada de pessoas.

Dentro em breve, vai ser realizada uma colecta dos dados geofísicos, geológicos e suas possíveis interpretações, para a produção de um mapa final sobre o potencial na zona mineralizada, o que é seguido pela verificação do terreno e definição do alvo a explorar.


Secretário de Estado para os Recursos Minerais, 
Jânio Correia Victor


Investir nos combustíveis

As dificuldades no fornecimento de combustíveis, de gás de cozinha, em particular, à província do Cuanza-Norte, podem ser colmatadas se os empresários nacionais invistirem na reabilitação das bombas de abastecimento dos municípios de Bolongongo, Quiculungo e Banga, paralisados há vários anos.

De acordo com o secretário de Estado para os Recursos Minerais, a Sonangol vai acautelar a situação logística para a melhoria do abastecimento de gás butano e outros inflamáveis à província, mas é necessário que os empresários manifestem interesse em explorar as potencialidades existentes.

“Abrimos a possibilidade para que o sector privado explore a estação de enchimento de gás situada no município de Lucala e outras bombas locais de combustíveis, para acabar com as dificuldades do consumo dos referidos bens”, disse.

Por sua vez, o director-geral adjunto do Instituto Regulador dos Derivados do Petróleo (IRDP), António Feijó, frisou que a província do Cuanza-Norte conta com uma instalação de combustível, a ICKN, localizada no município de Lucala, com capacidade total de 1.904 metros cúbicos, 645 dos quais para gasolina, 988 de gasóleo e 271 de querosene.

A província conta com uma rede de 16 postos de abastecimento, com 10 ligados à Sonangol Distribuidora e seis privados, mas só 14 estão em pleno funcionamento. Destacou a inexistência de bombas de combustível na Banga, Bolongongo, Quiculungo e Ngonguembo.

No primeiro trimestre do ano em curso, foram comercializados, na província do Cuanza-Norte, 10.265 toneladas métricas de derivados de petróleo, um decréscimo de 18 por cento em relação aos meses de Outubro, Novembro e Dezembro de 2022 e um aumento de 8,0 por cento face ao período homólogo do ano de 2021.

Fonte: Jornal de Angola

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