Quarta-feira, Março 29, 2023

O novo normal e as contas sobre a FERRANGOL E.P

Date:

O ano de 1981 foi, a todos os títulos, marcante para o Sector Mineiro Angolano na época.

Saídos do sistema de domínio político colonial, seis anos depois da independência, olhou-se para os diamantes e o minério de ferro e tomou-se a decisão: criar empresas públicas para a sua exploração. Nasceram ENDIAMA E.P e a Ferrangol E.P. Trinta e nove anos depois, nos é proposto um novo modelo que retira a natureza concessionária às empresas, define-se a natureza operadora das mesmas e se traz à luz um novo ente: a entidade reguladora, central, de toda a actividade geológicomineira. Contas feitas, uma entidade nasce e outra morre.

A nova, trata-se da Agência Nacional de Recursos Minerais. A morta é a Ferrangol, que é agora extinta. Entre o sonho da década de 80, e o compromisso com a eficiência, vai caber-nos agora olhar para os activos e passivos da Ferrangol E.P e, sobre eles, tomar decisões à luz das conclusões a serem trazidas pela Comissão Liquidatária a ser constituía pelos ministérios dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás e o Ministério das Finanças.

Um ponto decisório foi já, entretanto, avançado: o património da Ferrangol E.P passa para a nova agência. Mas muito mais está em jogo. Estão em jogo, por exemplo, as promessas dos indicadores de exploração de minério de ferro e as possibilidades de extracção deouro, cujas expectativas nacionais e comunitárias (alguns já sonhavam emganhar empregos), sobre os quais serequererá o posicionamento, e justificações públicas, do Governo.

Em verdade, existiram também investimentos públicos realizados em torno da Ferrangol E.P que são precisos agora escalpelizar. Este cenário de balanço ocorre na semana em que foi celebrado o Dia do Trabalhador Mineiro, sem as manifestações que lhes são características por força do confinamento social de que o Covid-19 nos impõe. Na essência, as mensagens foram que os profissionais do sector mantenham a resiliência.

Um estádio de persistência que pode ser conseguido com a melhoria da capacidade de governação do Sector Mineiro, indicado na Visão Mineira Africana e a melhoria dacapacidade de gestão da riqueza dos recursos mineiros. Assim, no momento em que o novo normal mineiro toma vida, valerá olhar para o passado, tomar dele lições e projectar, sobre ele e banhado dele, o futuro de maior eficiência desejado, para que este seja umfacto alcançável.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

spot_imgspot_img

Popular

Publicações Relacionado
Relacionado

Reunião da ADPA aprova relatório de angola

Em representação do Ministro Diamantino Azevedo, o Secretário de Estado para os Recursos Minerais, Jânio Corrêa Victor, participou da 8ª Reunião Ordinária do Conselho de Ministros da Associação dos Países Africanos Produtores de Diamantes (ADPA), evento que aprovou o Relatório da Direção Interina dirigido por Angola.

Botswana assume participação na HB, desafiando o domínio da De Beers

Botswana terá uma participação de 24% no comerciante de diamantes belga HB Antwerp em um desafio a um acordo de décadas com a De Beers, a maior empresa de diamantes do mundo.

Mining eventos reúne mulheres do sector mineiro, em mesa redonda, para falar da sua participação na indústria mineira angolana

Referente ao tema "A Mulher na Indústria Mineira Angolana". A Mining Eventos, organiza no dia 29 de Março do corrente ano, no Hotel Diamante em Luanda, a Primeira Mesa Redonda "A Mulher na Indústria Mineira Angolana".

Mining eventos promove, primeira mesa redonda sobre “A mulher na indústria mineira”

A Atividade Geológica – Mineira atrai e apela mulheres. Com efeito, de acordo com estudos globais, as mulheres são, na sua maioria, atraídas para o Sector pelo tipo de variedade de trabalho que ele oferece, pelas oportunidades de crescimento e avanço profissional e pela remuneração competitiva.